“É muito emocionante, a gente vibra, torce, fica nervosa”, diz Sandy sobre MMA
Ao longo de mais de duas décadas de carreira e prestes a completar 30 anos, Sandy cresceu sob os holofotes do público brasileiro. Com mais de 17 milhões de discos vendidos, 240 canções gravadas e 65 indicações em prêmios musicais, a cantora aposta, há dois anos, em uma carreira mais intimista. Fora dos palcos, episódios recentes marcaram sua trajetória, como a participação na campanha da cervejaria Devassa e uma polêmica entrevista à Playboy. Para Meio & Mensagem revela que gosta de estrelar propagandas, comenta a força da internet no mundo musical e reafirma a paixão por cinema e televisão. E lutas de MMA: “É muito emocionante, a gente vibra, torce, fica nervosa”.
Meio & Mensagem ›› O EP (Extended Play) Princípios, meios e fins é seu primeiro trabalho lançado em lojas digitais. Qual é o peso da internet em sua carreira?
Sandy ›› Escolhi lançar dessa maneira porque percebo que o mundo digital está tomando conta do mercado. A maioria dos meus fãs é internauta e consome demais o que está na rede. Há também a questão de que um EP é mais complicado de colocar à venda em lojas. Existem muitas taxas e ele acaba ficando caro para o público (EP é uma gravação em vinil ou CD que é longa demais para ser considerada um compacto e muito curta para ser classificada como álbum) Foi uma forma de deixá-lo mais barato. Ele está sendo vendido pela internet, foi lançado no iTunes e no Sonora. Vou lançar o EP físico mais para frente.
M&M ›› Por que lançar um EP e não um CD comum?
Sandy ›› Eu estava preparando um CD inteiro, com dez ou 11 músicas, mas essas cinco que estou lançando agora ficaram prontas e achei que já seria bacana dividi-las com meu público. Então, resolvi lançar agora. No ano que vem, elas vão integrar meu CD. São quatro músicas compostas por mim e outra que é de outro autor, mas tem muito a ver com meu momento. Principalmente Aquela dos 30, que fala sobre a crise dos 30 anos, que eu vou completar e não é necessariamente uma crise, mas é um período diferente que estou vivendo. Deu vontade de lançar agora e eu resolvi respeitar a vontade. Hoje não tem mais uma fórmula para trabalhar, não tem mais quantidade certa de faixas, nem uma época do ano que seja melhor para lançar CD, com um intervalo definido. Você tem mais liberdade de trabalhar.
M&M ›› Seu single fala sobre completar 30 anos. Que crises e neuroses a Sandy tem enfrentado ao chegar nesta idade?
Sandy ›› Essa crise existe entre aspas. Estou lidando de forma leve e bem humorada. Acho que quando a gente entra nessa fase, existem alguns questionamentos que começamos a ter — pelo menos a maioria de nós. É aquele momento em que nos sentimos madura e adulta — sabe que ainda não é “velha”, mas também não é mais uma mocinha. Somos levados mais a sério pelo mundo, parece que a responsabilidade aumenta. Resolvi falar disso de uma maneira brincalhona. Tenho a consciência de que a vida passa rápido demais e, ao mesmo tempo, de que nós não somos mais tão jovens. Aquela dos 30 traz apenas algumas reflexões que eu coloquei na forma de música.
M&M ›› Em 2011, você se envolveu em uma grande polêmica ao estrelar a campanha da cervejaria Devassa. Depois desse episódio, ficou com receio de fazer publicidade? Você gosta de fazer propagandas?
Sandy ›› A propaganda brasileira é uma das mais criativas do mundo! Tem qualidade, gente muito criativa e boa trabalhando. Eu gosto de fazer publicidade, sabia? Atrai-me bastante. A campanha da Devassa foi de proporções enormes (O mote da campanha, criada pela agência Mood, era “Todo mundo tem um lado Devassa”). Depois dela eu fiz uma para a GVT. Quando tem uma campanha interessante, com um roteiro bacana, que não vai ferir minha imagem nem interferir no meu trabalho, eu topo fazer. Não me deixo levar pela proposta financeira, mas quando é uma coisa com a qual me identifico de alguma maneira, aí eu faço. Estou esperando aparecer algo bacana.
M&M ›› Depois que a dupla com seu irmão Junior terminou você fez cinema, participações em minisséries e até apresentou um reality show. Pensa em conciliar estas outras atividades?
Sandy ›› Estou focada na música, que me dá muito trabalho. Vou terminar a turnê do meu antigo CD e começar uma nova, mas tenho muito trabalho pela frente. Também acabei de filmar um longa-metragem (Quando eu era vivo) do (diretor) Marco Dutra, com o Antônio Fagundes. Na verdade, minha prioridade é a música. Encaixo todos os meus compromissos de acordo com minha carreira musical e com a minha vida pessoal, claro. Sou apaixonada por TV e cinema. O filme foi muito legal, desde a série As Brasileiras (exibida na Rede Globo em abril), redescobri a paixão por atuar e pretendo dar continuidade. Conforme as coisas vão aparecendo, vou fazendo. Deixo a vida me levar.
M&M ›› O UFC virou febre no Brasil, inclusive entre as mulheres. Você acompanha o esporte há bastante tempo e inclusive já apresentou um programa de lutas. De onde vem sua identificação com o MMA (Mixed Martial Art)?
Sandy ›› O brasileiro gosta de esporte e com a luta não é diferente, apesar de ter pouco incentivo do governo. O MMA é muito emocionante, a gente vibra, torce, fica nervosa. Brasileiro gosta disso. Eu me envolvo muito, fico com o coração disparado. As mulheres entraram nessa onda por tabela, junto com namorados e maridos, como aconteceu comigo. Elas se interessaram porque viram que é divertido, que prende a atenção e mexe com a emoção. Existe preconceito com o MMA, mas ele é um esporte e tem de ser encarado como tal. Depois que a gente entende isso, nos divertimos.
Crédito: Crédito: Weber Pádua/Divulgação
CRÉDITOS: MEIO E MENSAGEM
Nenhum comentário:
Postar um comentário