segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Sandy fala sobre seus planos profissionais e pessoais


Na próxima semana, cantora traz a Porto Alegre um tributo a Michael Jackson



Nas próximas semanas, ela começa a filmar, com Antônio Fagundes e Marat Descartes, o longa-metragem Quando eu Era Vivo, do diretor paulista Marco Dutra. No script, sensualidade e loucura. Embora Sandy deseje mais que tudo descolar-se da imagem de princesa, imprensa, admiradores e não admiradores sempre procurarão palavras como sensualidade e loucura para associar ao seu nome.

Sandy é, de verdade, a jovem princesa sem um fio de cabelo fora do lugar. E é também a mulher multimídia de 29 anos, a atriz à procura de papéis maduros e personagens conflituados, a bailarina boxeadora, a irmã coruja de Junior, a cantora de jazz, a letrista lírica. E a performer que traz a Porto Alegre um tributo inesperado a Michael Jackson (dia 16, às 21h, no Teatro do Sesi).

- Sempre fui fã dele. O lado I’ll Be There me agrada tanto quanto o lado Billy Jean - diz, escolhendo o caminho do meio entre emoção e vibração, uma via sem conflitos que é seu traço dominante. - Na verdade, eu admiro as várias facetas musicais, a grande versatilidade de Michael Jackson, um artista que era capaz de emocionar em suas lindas baladas e também fazer o público dançar e vibrar enlouquecidamente com seus grandes hits mais dançantes.

Sob globos de discoteca, a cantora dança, conversa, alterna colete vermelho de couro, jaqueta preta cintilante, luvas metalizadas e chapéu preto para fazer dançar as platéias que têm lotado os show pelo Brasil.

O mesmo projeto, idealizado pela diretora Monique Gardenberg, terá Lulu Santos cantando Roberto e Erasmo Carlos (dia 14) e Maria Bethânia cantando Chico Buarque (dia 15).

Donna - Onde você estava quando recebeu a notícia da morte do Michael Jackson?


Sandy - Eu estava em uma reunião de trabalho, em Campinas. Um amigo tuitou a notícia, e ficamos todos meio sem acreditar. Paramos a reunião no meio e fomos olhar as notícias na internet. E, de fato, a morte estava anunciada em todas as homes dos principais portais. Demorou para a gente se dar conta. Fiquei muito triste e, ao mesmo tempo, sem assimilar direito a informação no primeiro momento.

Donna - Você fez algum tributo a ele anterior a esse espetáculo?


Sandy - Não posso considerar estes eventos como um "tributo" ao Michael... Mas, eu e meu irmão já havíamos gravado, na época da dupla, uma versão de I’ll Be There. Éramos crianças e já muito fãs! Em outra ocasião, o aniversário de 80 anos do meu avô Zé do Rancho, eu cantei Ben em homenagem a ele, que tocava esta música para minha mãe cantar quando ela era criança.

Donna - Ele também foi um talento precoce, que começou em família. Você se identifica com ele, com o modo como a carreira dele começou?


Sandy - Você citou exatamente os pontos que costumo usar como exemplo de identificação com o Michael. Nós começamos a cantar ainda crianças, em família, e nunca paramos a carreira musical. Também me identifico nesta questão de exposição e invasão de privacidade. Claro que, no meu caso, numa proporção infinitamente menor. Ele era, ainda é, reconhecido mundialmente, eu sou conhecida só no Brasil. Mas, nas devidas proporções, dá comparar essa nossa característica, que é consequência do nosso trabalho.

Donna - E o seu irmão, o que ele acha do Michael Jackson?


Sandy - O Junior também é muito fã do Michael. Ele amou minha escolha e me elogiou bastante neste projeto.

Donna - Você está com planos de ter filhos?


Sandy - Sim, eu sonho ser mãe, e isto está nos meus planos. Mas, por enquanto, estou focada nos meus projetos profissionais. Virá, ou virão (risos), no momento certo. Eu e o Lucas estamos casados há praticamente quatro anos, e a cada dia mais felizes. Existem tantas coisas boas no casamento... O companheirismo e a cumplicidade são alguns exemplos. E, no nosso caso, parece que o tempo só ajuda, só melhora a relação.

Donna - A família do teu marido Lucas (Lima, músico) é grande, unida e animada. Como são as reuniões das duas famílias? Acaba tudo em cantoria...?


Sandy - Como nós todos temos o mesmo tipo de trabalho, não tem como não haver uma forte identificação. Acabamos sempre falando de música, e falando muito, um mais que o outro (risos). Nossos encontros são, sim, sempre muito animados!

Donna - Você vem seguido ao Rio Grande do Sul? O que mais gosta daqui?


Sandy - Eu vou bem menos ao Rio Grande do Sul do que eu realmente gostaria. Eu adoro o Estado pelo clima, belezas naturais, pessoas e muito mais. Cidades como Gramado e Canela são muito charmosas. Porto Alegre, a cidade do meu marido, também é muito gostosa e onde temos vários amigos. Não tem como ir ao Sul e não comer um belo fondue, tomar chimarrão e também comer um ótimo churrasco.

Donna - Você está sempre perfeita. Os paparazzi nunca vão conseguir uma imagem sua desarrumada. Você se cuida muito?


Sandy - (Risos) Eu procuro estar "arrumada" para sair de casa, porque me sinto melhor assim, afinal, a partir do momento em que saio de casa, a qualquer momento alguém chega e pede para tirar fotos comigo. Eu não tenho uma obsessão por cuidados estéticos que são lançados no mercado. Me cuido de forma moderada. Gosto de maquiagem, me cuido com hidratante e protetor solar, faço ginástica algumas vezes na semana e procuro me alimentar bem.

Donna - Como foi a repercussão do quadro sobre MMA (artes marciais mistas) que você apresentou no Fantástico? Você acha que decepcionou ou conquistou fãs?


Sandy - Chegaram até mim muito mais elogios do que críticas. Mas, claro, nem sempre a gente consegue agradar a todos, né?! Eu fiquei muito feliz com o resultado e com a oportunidade. Foi bem divertido fazer.

Donna - Falando em repercussão: você se sentiu sacaneada pela forma como a revista Playboy explorou a sua entrevista (na qual ela responde a uma pergunta sobre sexo anal e prazer)? Pela forma como foi feita a chamada?


Sandy - Na época, eu fiquei chateada, sim. Tiraram minha frase de contexto e aí a consequência foi toda aquela... Mas eu sei que, depois, pelo menos parte das pessoas viu o que eu disse sobre o assunto, e isso me basta. Ao longo dos anos, eu acho que fui aprendendo a lidar com esse tipo de coisa de uma maneira mais madura e tranquila.



CRÉDITOS: DONNA ZH

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