Ele toca com Dexterz nesta sexta, após cantar com Sandy em 2001.
Músico fala de internação e diz limitar número de shows: 'Já tô velho'.
Julio Torres, Junior Lima e Amon Lima, integrantes do Dexterz (Foto: Divulgação/Gabriel Wickbold)
Em 2001, quando ainda se apresentava ao lado da irmã, Junior Lima foi uma das atrações da chamada “noite teen” do Rock in Rio 3. Além de Moraes Moreira, Sandy & Junior foram os únicos brasileiros a cantar em um dia que teve ainda Aaron Carter, Britney Spears e as boy bands Five e ‘N Sync, da qual fazia parte Justin Timberlake. Doze anos depois, o músico e produtor, hoje com 29 anos, já foi baterista e vocalista da Soul Funk, baterista da Nove Mil Anjos e tocou com artistas que vão de Caetano Veloso e Milton Nascimento a Andreas Kisser e Seu Jorge. Atualmente, é um dos integrantes do trio Dexterz, de música eletrônica, e volta ao festival, como ele mesmo classifica, “em um papel bem diferente”.
Caberia facilmente citar alguma música no meio do set, no meio de outro track. Fazer alguma citação com certeza seria interessante. Vou até pensar no assunto, muito obrigado pela ideia. O Champ merece mesmo."
Junior Lima
O Dexterz, composto também por Julio Torres e Amon Lima, é uma das atrações do palco eletrônico nesta sexta-feira (20), e tem como missão preparar o público para o lendário DJ e produtor inglês Paul Oakenfold.
Em entrevista ao G1, por telefone, Junior Lima falou sobre as diferenças entre seus dois Rock in Rio, os músicos que o influenciam atualmente e sobre a ideia de homenagear Champignon, seu ex-parceiro na Nove Mil Anjos, que morreu no último dia 8.
Com bom humorado, ele ainda tranquilizou os fãs e garantiu que está totalmente em forma após ter sido internado no início deste mês.
Em entrevista ao G1, por telefone, Junior Lima falou sobre as diferenças entre seus dois Rock in Rio, os músicos que o influenciam atualmente e sobre a ideia de homenagear Champignon, seu ex-parceiro na Nove Mil Anjos, que morreu no último dia 8.
Com bom humorado, ele ainda tranquilizou os fãs e garantiu que está totalmente em forma após ter sido internado no início deste mês.
G1 – Em 2001, você cantou no dia em que Justin Timberlake cantou com o ‘N Sync. Este ano ele voltou ao festival consagrado. E a sua volta ao Rock in Rio, como vai ser?
Junior Lima – Bom, já começa diferente porque desta vez não vou tocar no palco Mundo, né? Como a gente vai pro palco de eletrônica, o conceito já muda bastante. Acho que o papel que vamos representar é bem diferente também. Mas, de qualquer forma, nosso projeto está bombando no Brasil todo, estou tendo até que segurar umas datas pra não me estressar demais, porque são muitos pedidos de shows. A gente acaba limitando pra não passar do ponto... Porque eu já tô velho (risos). Mas vai ser um prazer voltar pro Rock in Rio.
Junior Lima – Bom, já começa diferente porque desta vez não vou tocar no palco Mundo, né? Como a gente vai pro palco de eletrônica, o conceito já muda bastante. Acho que o papel que vamos representar é bem diferente também. Mas, de qualquer forma, nosso projeto está bombando no Brasil todo, estou tendo até que segurar umas datas pra não me estressar demais, porque são muitos pedidos de shows. A gente acaba limitando pra não passar do ponto... Porque eu já tô velho (risos). Mas vai ser um prazer voltar pro Rock in Rio.
G1 – Quais são as suas lembranças favoritas daquele Rock in Rio de 2001?
Junior Lima – Ah, foi uma adrenalina bem forte. Nós éramos os únicos brasileiros da noite e tínhamos preparado um show inédito só pro festival, com muitos bailarinos, artistas de circo, a banda estava maior, com percussionistas... Era uma série de coisas que precisava de muito ensaio, mas a gente não tinha tempo nenhum pra isso. Foi na raça mesmo e eu me lembro de que quando acabou o show eu chorava sem parar, porque tinha dado muito certo. E nosso show foi bastante elogiado mesmo, foi irado. A gente foi do nervoso, e até um pouco de medo, pro sucesso e isso me marcou bastante. Foi uma noite de muita emoção.
G1 – E qual a expectativa para este ano? A ansiedade é diferente?
Junior Lima – É diferente sim. Hoje em dia a gente está preparando coisas especiais porque acho que demanda, é importante que a gente leve coisas novas, mas, ao mesmo tempo, é como eu disse: o papel representado é outro. Pra mim é bem mais light agora, me sinto com muito menos pressão. Vou lá, acima de tudo, para me divertir junto com o público.
Junior Lima – Ah, foi uma adrenalina bem forte. Nós éramos os únicos brasileiros da noite e tínhamos preparado um show inédito só pro festival, com muitos bailarinos, artistas de circo, a banda estava maior, com percussionistas... Era uma série de coisas que precisava de muito ensaio, mas a gente não tinha tempo nenhum pra isso. Foi na raça mesmo e eu me lembro de que quando acabou o show eu chorava sem parar, porque tinha dado muito certo. E nosso show foi bastante elogiado mesmo, foi irado. A gente foi do nervoso, e até um pouco de medo, pro sucesso e isso me marcou bastante. Foi uma noite de muita emoção.
G1 – E qual a expectativa para este ano? A ansiedade é diferente?
Junior Lima – É diferente sim. Hoje em dia a gente está preparando coisas especiais porque acho que demanda, é importante que a gente leve coisas novas, mas, ao mesmo tempo, é como eu disse: o papel representado é outro. Pra mim é bem mais light agora, me sinto com muito menos pressão. Vou lá, acima de tudo, para me divertir junto com o público.
G1 - Você vai tocar no mesmo dia de Bon Jovi e Nickelback, o que deve levar ao festival um público mais ligado ao rock, estilo ao qual você costumava ser mais associado antes do Dexterz. Você acha que o público vai receber bem essa sua nova proposta?
Junior Lima – Olha, esse meu projeto de eletrônico foi mais bem aceito do que eu imaginava até. Pra ser sincero, foi meu projeto com maior aceitação desde que eu parei de cantar com a minha irmã. E nós já temos um público, com certeza vai ter uma galera que vai até lá pra ver a gente. Estamos em um momento incrível. Hoje em dia eu estou trabalhando cem por cento com eletrônico, mas são vários momentos. Já passei por vários gêneros e pretendo passar por outros ainda na minha vida, porque isso me enriquece bastante.
Junior Lima – Olha, esse meu projeto de eletrônico foi mais bem aceito do que eu imaginava até. Pra ser sincero, foi meu projeto com maior aceitação desde que eu parei de cantar com a minha irmã. E nós já temos um público, com certeza vai ter uma galera que vai até lá pra ver a gente. Estamos em um momento incrível. Hoje em dia eu estou trabalhando cem por cento com eletrônico, mas são vários momentos. Já passei por vários gêneros e pretendo passar por outros ainda na minha vida, porque isso me enriquece bastante.
G1 - Sua irmã diz na letra da música “Aquela dos 30” que “já curtiu” Bon Jovi. E você, já foi fã da banda? Ainda é?
Junior Lima – (risos) Ah, quando moleque eu gostava de uma música ou outra. Mas nunca fui fã do Bon Jovi não (risos). Acho que a gente vai tocar bem na hora do show deles, mas eu não estou muito preocupado se vou perder ou não.
G1 – Este ano David Guetta se tornou o primeiro DJ a tocar no palco principal do Rock in Rio. Você acha que a partir de agora essa passa a ser uma meta para artistas de música eletrônica nas próximas edições?
Junior Lima – Hoje em dia eu não trabalho mais com esse foco. Hoje eu me preocupo mais com a música, com a arte em si, do que se vou tocar no palco principal ou no quanto o projeto vai crescer ou não. É mais pelo prazer de fazer música mesmo. Mas acho que a música eletrônica vive um momento incrível, de pura ascensão, e a gente vê artistas que já eram grandes se tornando ainda maiores porque acrescentaram eletrônico ao seu som. O mercado está super aquecido e o Guetta é um cara bastante popular, as músicas dele têm um grande apelo comercial. A parada que ele fez no Rock in Rio foi realmente incrível, foi bonito ver a galera toda cantando junto, tenho todo o respeito por ele.
Junior Lima – (risos) Ah, quando moleque eu gostava de uma música ou outra. Mas nunca fui fã do Bon Jovi não (risos). Acho que a gente vai tocar bem na hora do show deles, mas eu não estou muito preocupado se vou perder ou não.
G1 – Este ano David Guetta se tornou o primeiro DJ a tocar no palco principal do Rock in Rio. Você acha que a partir de agora essa passa a ser uma meta para artistas de música eletrônica nas próximas edições?
Junior Lima – Hoje em dia eu não trabalho mais com esse foco. Hoje eu me preocupo mais com a música, com a arte em si, do que se vou tocar no palco principal ou no quanto o projeto vai crescer ou não. É mais pelo prazer de fazer música mesmo. Mas acho que a música eletrônica vive um momento incrível, de pura ascensão, e a gente vê artistas que já eram grandes se tornando ainda maiores porque acrescentaram eletrônico ao seu som. O mercado está super aquecido e o Guetta é um cara bastante popular, as músicas dele têm um grande apelo comercial. A parada que ele fez no Rock in Rio foi realmente incrível, foi bonito ver a galera toda cantando junto, tenho todo o respeito por ele.
G1 - E você gosta do som dele? Quais são suas influências na música eletrônica?
Junior Lima – Não é muito o que eu escuto de eletrônico, mas eu o respeito, acho que alguém que alcança o que ele alcançou merece ser respeitado. Ele abre portas importantes, assim como outras pessoas. Daft Punk, por exemplo, nem se fala, né? Eles me influenciam, com certeza, além de Justice... Gosto bastante de French Kiwi Juice, ultimamente tenho ouvido música eletrônica francesa, Sebastian e essa galera assim.
G1 – O Dexterz improvisa bastante ao vivo. Vai ser assim também no Rock in Rio ou vocês terão um setlist definido desta vez?
Junior Lima – Isso faz parte da essência das nossas apresentações, porque tudo depende muito do público, da noite, da necessidade de cada noite. A gente vai adaptando tudo na hora, muitas vezes não sabemos nem qual música vai começar. Em música eletrônica tem muita novidade todos os dias, e um DJ tem esse papel de buscar essas coisas novas e boas e trazer pra gente. Então o Julio está sempre pesquisando, sempre. E mal dá tempo de a gente ouvir tudo, às vezes enquanto ele tá colocando alguma coisa a gente já tá tocando em cima e criando ao vivo. Ele nos surpreende o tempo todo e é legal porque é isso que dá sempre uma sensação de frescor pro nosso som. Se você ficar tocando sempre a mesma coisa cansa, né? Então não, não existe setlist pro Rock in Rio. A gente não faz a menor ideia. Vai ser conforme a reação da galera.
Junior Lima – Não é muito o que eu escuto de eletrônico, mas eu o respeito, acho que alguém que alcança o que ele alcançou merece ser respeitado. Ele abre portas importantes, assim como outras pessoas. Daft Punk, por exemplo, nem se fala, né? Eles me influenciam, com certeza, além de Justice... Gosto bastante de French Kiwi Juice, ultimamente tenho ouvido música eletrônica francesa, Sebastian e essa galera assim.
G1 – O Dexterz improvisa bastante ao vivo. Vai ser assim também no Rock in Rio ou vocês terão um setlist definido desta vez?
Junior Lima – Isso faz parte da essência das nossas apresentações, porque tudo depende muito do público, da noite, da necessidade de cada noite. A gente vai adaptando tudo na hora, muitas vezes não sabemos nem qual música vai começar. Em música eletrônica tem muita novidade todos os dias, e um DJ tem esse papel de buscar essas coisas novas e boas e trazer pra gente. Então o Julio está sempre pesquisando, sempre. E mal dá tempo de a gente ouvir tudo, às vezes enquanto ele tá colocando alguma coisa a gente já tá tocando em cima e criando ao vivo. Ele nos surpreende o tempo todo e é legal porque é isso que dá sempre uma sensação de frescor pro nosso som. Se você ficar tocando sempre a mesma coisa cansa, né? Então não, não existe setlist pro Rock in Rio. A gente não faz a menor ideia. Vai ser conforme a reação da galera.
G1 - Recentemente você perdeu seu amigo e ex-parceiro na Nove Mil Anjos, o Champignon. E o Capital Inicial falou dele no Rock in Rio e tocou uma música do Charlie Brown Jr. Você pretende fazer alguma homenagem também?
Junior Lima – Olha, eu não tinha pensado em homenagens, mas até que se você tiver alguma coisa em mente seria uma ótima ideia, porque, poxa, ele merece muito. A gente não tem como falar, porque a gente nem usa microfone, não tem vocal. Mas caberia facilmente citar alguma música no meio do set, no meio de outro track. Fazer alguma citação com certeza seria interessante. Vou até pensar no assunto, muito obrigado pela ideia. O Champ merece mesmo.
Junior Lima – Olha, eu não tinha pensado em homenagens, mas até que se você tiver alguma coisa em mente seria uma ótima ideia, porque, poxa, ele merece muito. A gente não tem como falar, porque a gente nem usa microfone, não tem vocal. Mas caberia facilmente citar alguma música no meio do set, no meio de outro track. Fazer alguma citação com certeza seria interessante. Vou até pensar no assunto, muito obrigado pela ideia. O Champ merece mesmo.
G1 – Há alguns dias você esteve internado por causa de um cálculo renal. Já está totalmente recuperado? Vai estar cem por cento no Rock in Rio?
Junior Lima – Vou estar sim. Perdi três shows e dois programas de TV por causa disso. Passei só quatro dias no hospital, mas não podia sair de São Paulo, porque eu tinha uma pedra de cada lado, estava com os dois rins comprometidos, então tinha o risco de sofrer alguma coisa mais grave e podia ter que correr para o hospital. Mas na última segunda-feira eu fiz litotripsia e consegui desobstruir um lado, então já dá pra administrar tranquilamente. Agora é só tomar remédio quando tiver dor, mas dor no show a gente não sente (risos).
Junior Lima – Vou estar sim. Perdi três shows e dois programas de TV por causa disso. Passei só quatro dias no hospital, mas não podia sair de São Paulo, porque eu tinha uma pedra de cada lado, estava com os dois rins comprometidos, então tinha o risco de sofrer alguma coisa mais grave e podia ter que correr para o hospital. Mas na última segunda-feira eu fiz litotripsia e consegui desobstruir um lado, então já dá pra administrar tranquilamente. Agora é só tomar remédio quando tiver dor, mas dor no show a gente não sente (risos).
CRÉDITOS: SITE G1
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