quarta-feira, 1 de maio de 2013

Sandy: “Não me vejo cantora de MPB”

Em passagem por Goiânia, Sandy afirma que encontrou seu estilo com música menos popular 



Mais próxima de seu público e de seu estilo, a cantora Sandy se apresentou no último sábado (27) em Goiânia. Em entrevista coletiva antes do show, ela afirmou estar feliz com o tamanho da carreira e com o estilo que escolheu para cantar e compor. Mais autoral e segura da intérprete que é, ela dominou o palco com a experiência de 22 anos de carreira em seu segundo trabalho solo. “O que eu sei fazer e o que eu acho que faço melhor é o estilo de música que eu faço atualmente. É o que me realiza.” 
Feliz com as escolhas que fez, a irmã de Júnior diz que com o novo CD, Sim – com lançamento previsto para maio –, dará continuidade ao caminho que escolheu após o fim da carreira em dupla. “Eu não podia cantar bossa nova. Amo bossa nova, jazz, mas não é isso que eu sou como cantora e compositora. Pode ser que futuramente eu faça projetos mais na linha do jazz e da bossa nova, mas sempre paralelos. Eu não me vejo virando uma cantora de MPB”, explica a cantora que já no fim da dupla participou de projetos solo com esses estilos de música.
Apesar de não escolher esse caminho, com Tom Jobim, Lulu Santos e Nando Reis no repertório de show, a artista expõe o gosto pessoal, que de certa forma influencia seu trabalho. “Estou mais ou menos em um caminho próximo e acho que tem uma identificaçãozinha harmônica entre a minha música e a MPB, mas não me vejo fazendo isso como um projeto principal”, explica após definir seu trabalho como um “pop alternativo” – que considera uma mistura de várias influências, ou mesmo o seu próprio estilo –, mas distante do pop de Sandy e Júnior.
“Já vivi um pouco dessa carreira solo e hoje as coisas foram consolidando um pouco mais na minha trajetória e dentro de mim mesma”, avalia após quase quatro anos da produção do primeiro álbum, Manuscrito, quando começou a buscar o som que iria fazer. “Agora, faço uma música que é menos popular e, automaticamente, é para um público menor. Estou amando essa mudança, porque isso combina muito com o que eu sou como pessoa.”

Multidões

Com 30 anos, a cantora de números grandiosos, que já se apresentou no Rock in Rio, não se assemelha com a adolescente que levantava multidões e, longe disso, prefere a descrição e trabalho para público menor. “Naquela época eu era jovenzinha, gostava do oba-oba, da galera gritando. Fazia parte daquele momento que eu estava vivendo. Combinava comigo naquele momento e com meu irmão. O som que eu faço é o que eu sou hoje. Eu, aos 30 anos, sou essa pessoa. Não significa que naquela época eu não fosse aquilo. É que a gente vai amadurecendo, modificando e encontrando realmente nossa personalidade.”
A aproximação com o público também ajudou na descoberta da nova Sandy e na consolidação do caminho da artista. “As redes sociais ganharam muita força e aconteceu uma aproximação muito grande e natural do público com o artista. Mudou tudo, pra todo mundo eu acho. Mas pra mim mudou muito mais ainda porque saí de uma carreira com meu irmão onde a gente fazia show para 70 mil pessoas, 250 mil pessoas”, conta a cantora que agora é capaz de ouvir e sentir o público bem próximo.
“Hoje é muito diferente trabalhar nesse meio musical do que era trabalhar na época que fazia dupla com meu irmão. Claro que no final da carreira, mais perto de 2007, a gente já estava vendo as mudanças acontecerem, mas agora de fato já mudou”, avalia, falando do termômetro que possui no palco de casas menores e fora dele, com a internet.





CRÉDITOS: O HOJE

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